quinta-feira, setembro 27, 2007

Saudades...

Hoje senti saudades... saudades de palavras amigas, de carinho, de amor. Hoje retornei há uma época onde era feliz e não sabia, onde era amada e não percebi. Época de descobertas e ilusões. Hoje tive saudades de uma pessoa que me completava, que me amava, que me compreendia, que me fazia feliz. Nessa época nós alvejamos muitas coisas e acabamos por não reparar na pessoa ao nosso lado, grande erro, pois trocamos o certo pelo duvidoso. Mas como a vida é cheia de surpresas, sempre reencontramos as pessoas que foram importantes em nossa vida, e descobrimos que sempre há uma esperança para se reencontrar a felicidade, felicidade essa que um dia tivemos e por ambições maiores e fúteis, deixamos escapar sem ao menos tentar ser feliz. Mas percebemos também que essa felicidade pode não ser tão simples, novamente haverá obstáculos a serem vencidos e desafios a serem solucionados. Desisitir nunca, o objetivo na vida é sempre buscar a felicidade, mesmo que de momentos, porque a nossa felicidade é feita de momentos... momentos marcantes e felizes.






Saudade...

eu te juro, é verdade!
É tristeza sem fim, um vazio...

Presença distante,
um olhar suplicante,
um mundo sombrio!

Saudade é a esperança sofrida,
um coração já sem vida
que a nostalgia amortalha...

Bem maior do que a dor,
a saudade é como a flor
que o orvalho da noite agasalha...

Saudade é isto, não me iludo.
Um vento frio,
um olhar perdido,
distante e mudo...

Uma sombra que a alma acaricia...
Saudade é como o vento,
que rasga o espaço e
deixa seu sopro por traço...

É como a noite surgindo
sempre após o dia...
Saudade é mesmo um simples beijo,
uma lembrança fagueira,
uma criança trigueira,
um soluço no peito represado,
um grito na garganta sufocado...

Saudade é um vestido cor de rosa,
um laço de fita no cabelo que se agita,
uma angústia dolorosa.

Saudade é muitas vezes
a flor que nasce de um botão,
o mar bravio, a imensidão, a noite fria,
uma canção, e até os versos que te fazia...

Saudade é a tarde fugindo,
é a noite surgindo,trazendo a dor que consome...
Saudade é a lua saindo,
do fundo do mar emergindo,
riscando em prata teu nome!

Me perguntas o que é saudade...
Saudade, eu te digo:
É como a dor inclemente,
só sabe mesmo é quem sente...

(Nelson de Medeiros Teixeira)

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